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==Resumo==
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Neste artigo é proposto um modelo de elementos finitos simplificado para representação de juntas rebitadas em análise dinâmica de estruturas. O rebite é modelado com elementos que combinam mola e amortecedor. Vários modelos numéricos são estudados com diferentes quantidades de rebites (um, 2, 3 e 5) e diferentes quantidades de elementos mola‐amortecedor (4, 6, 8, 12, 16 e 20) por cada rebite. Amostras constituídas por 2 placas de alumínio ligadas entre si por diferentes quantidades de rebites (um, 2, 3 e 5) são construídas e submetidas a análise modal experimental, a fim de serem conhecidas as suas características modais – frequências naturais e formas naturais de vibração. É usada uma metodologia de melhoramento de modelos de elementos finitos, também conhecido na linguagem anglo‐saxónica por ''updating'' , com o fim de obter a melhor representação numérica da junta rebitada relativamente às amostras experimentais. Uma avaliação da melhor representação numérica da junta rebitada é efetuada com base na comparação entre as frequências naturais experimentais e as frequências naturais numéricas, para cada modo de vibração, após aplicação do processo de melhoramento de elementos finitos. Mostra‐se que o modelo de junta composto por 8 e 12 elementos mola‐amortecedor por rebite consegue uma melhor aproximação ao comportamento dinâmico observado experimentalmente. Um valor numérico da constante de rigidez é obtido para as juntas em estudo.
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==Abstract==
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In this paper, a simplified finite element model to represent a riveted lap joint in structural dynamic analysis field is proposed. The rivet is modeled by spring‐damper combination elements. Several numerical models are studied with different quantities of rivets (1, 2, 3 and 5) and spring‐damper combination elements (4, 6, 8, 12, 16 and 20) per rivet. Experimental samples of two aluminum material plates connected by different quantities of rivets (1, 2, 3 and 5) are built and tested in order to be known its modal characteristics ‐ natural frequencies and mode shapes. A finite element model updating methodology is used in order to get the best numerical riveted lap joint representation relatively to the experimental samples. An evaluation of the best numerical riveted lap joint is carried out based on the comparison between the experimental and numerical resonance frequencies after updating. It is shown that the riveted lap joints composed by eight and twelve spring‐damper combination elements per rivet have the best representation. A stiffness constant value is obtained for the riveted lap joints in study
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==Palavras‐chave==
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Junta rebitada ;                             Melhoramento de modelos de elementos finitos ;                             Análise modal ;                             Otimização
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==Keywords==
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Revited Lap Joint ;                             Finite Element Model Updating ;                             Modal Analysis ;                             Optimization
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==1. Introdução==
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As juntas rebitadas possuem ampla aplicação em diversos setores industriais, principalmente na indústria automóvel e aeroespacial. As estruturas envolvidas nesses setores de atividade possuem normalmente um largo número de ligações rebitadas. Para os projetistas desse tipo de estruturas não é prático modelar detalhadamente o rebite em elementos finitos, devido à necessidade de usar um grande número de graus de liberdade, aumentando o custo computacional da análise.
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Alguns trabalhos que descrevem o comportamento estático e o comportamento à fadiga de juntas rebitadas, usam uma modelação simplificada [[#bib0075|[1]]] , [[#bib0080|[2]]] , [[#bib0085|[3]]]  and [[#bib0090|[4]]] . Todos eles utilizam elementos de mola‐amortecedor ou elementos de viga para efetuar a ligação entre os nós das placas a unir e assim simular o rebite. Contudo, a ligação rebitada não fica totalmente definida se o valor da constante de rigidez também não for definido. O valor da constante de rigidez da junta nunca é claramente explícito. Para aumentar a precisão do modelo numérico de uma junta rebitada, o valor da constante de rigidez deve ser definido, uma vez que este parâmetro modal tem grande influência nas frequências naturais e nas formas naturais de vibração do sistema.      
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Um trabalho semelhante ao proposto pelos autores, mas não envolvendo juntas rebitadas, descreve uma avaliação de modelos simplificados de elementos finitos para juntas soldadas por pontos [[#bib0095|[5]]] . Nesse trabalho, 4 tipos de modelos simplificados para simular aquele tipo de soldadura são avaliados pelos autores: o modelo de barra rígida múltipla ou ''multiple rigide‐bar''  (MRB), o modelo de casca e barra‐rígida ou ''rigid bar‐rigid shell''  (RB‐RSH), o modelo sólido tridimensional ou ''solid nugget''  (SN) e o modelo de barra rígida ou ''rigid bar''  (RB).      
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Um dos 4 modelos apresentados tem particular interesse para aplicação neste trabalho, o modelo MRB. No modelo MRB, 2 chapas são conectadas por vários elementos de barra de modo a simular a soldadura por pontos. Este modelo tem a vantagem de apresentar vários elementos de barra, o que permite obter mais establidade na junta de ligação devido à quantidade de graus de liberdade que são restringidos.
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O modelo SN é composto por elementos sólidos e, portanto, mais complexo de construir e consequentemente de análise computacional mais demorada.
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Para determinar o valor da constante rigidez da mola que simula o rebite, uma técnica de melhoramento de modelos de elementos finitos, também conhecida por ''updating'' , é utilizada. Essa técnica está assente num processo de otimização baseado em sucessivas iterações, sendo por isso denominado por método iterativo ou método indireto  [[#bib0100|[6]]] . Os métodos indiretos podem ser divididos em 3 grupos principais: o método da sensibilidade [[#bib0105|[7]]] , o método de função de resposta [[#bib0110|[8]]]  e o método no domínio do tempo [[#bib0115|[9]]] . Neste trabalho é utilizada uma metodologia de melhoramento de modelos de elementos finitos desenvolvida com base no método da sensibilidade [[#bib0120|[10]]] .      
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A metodologia, desenvolvida em Matlab<sup>®</sup> , trabalha com um otimizador que controla os parâmetros a otimizar no modelo numérico. Por sua vez, o otimizador está dotado com um ''solver''  de procura global estocástico (''GlobalSearch'' ) e usa o algoritmo Sequential Quadratic Programmning (SQP) para encontrar o mínimo global da função objetivo  [[#bib0125|[11]]] . Neste trabalho o parâmetro a otimizar é a constante de rigidez da mola do elemento mola‐amortecedor. O processo de melhoramento de modelos de elementos finitos é descrito na secção 4.      
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É efetuada a análise modal experimental, como descrito na secção 5, de modo a conhecer o comportamento dinâmico dos modelos físicos com junta rebitada. Os modelos são constituídos por 2 chapas de alumínio unidas por diferentes quantidades de rebites (um, 2, 3 e 5).
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Os modelos de elementos finitos são construídos em ''ANSYS''<sup>®</sup>''Parametric Design Language''  (APDL), conforme descrito na secção 6. Um valor inicial para a constante de rigidez é atribuído aos elementos mola‐amortecedor. O amortecimento em materiais metálicos é considerado insignificante, pelo que pode ser desprezado, não sendo assim considerado no elemento mola‐amortecedor. De modo a justificar essa opção foram determinados os fatores de amortecimento ''ξ''  para todos os modos de vibração obtidos experimentalmente de um dos casos de estudo apresentado. Foi usado o método do ponto de meia potência para obtenção dos fatores de amortecimento. Para cada modo de vibração é também apresentado o respetivo valor do fator de qualidade ''Q'' . Considera‐se que para valores de ''ξ''  < 0.1 o amortecimento do sistema é muito pequeno e para valores de <math display="inline">Q>\frac{1}{2}</math>  o sistema é do tipo subamortecido [[#bib0130|[12]]] .      
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Com o programa de melhoramento de modelos de elementos finitos é estimado o valor da constante rigidez da mola, sendo os resultados apresentados na secção 7.
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O modelo de elementos finitos da junta rebitada que melhor representa os modelos físicos é assim obtido, como se conclui na secção 8.
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==2. Problema teórico==
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Para um sistema dinâmico, com vários graus de liberdade, a equação de movimento que governa a resposta dinâmica do sistema, quando sujeito a excitações externas, é dada sob a forma da matriz generalizada [[#bib0135|[13]]]
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{| class="formulaSCP" style="width: 100%; text-align: center;" 
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|-
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{| style="text-align: center; margin:auto;" 
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|-
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| <math>M\overset{..}{x}\left(t\right)+C\overset{\mbox{.}}{x}\left(t\right)+Kx\left(t\right)=f\left(t\right)</math>
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|}
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| style="text-align: right;" | ( 1)
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|}
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onde, '''M''' , '''C'''  e <math display="inline">K\in \mathbb{R}^{n\times m}</math> , sendo ''n  ''  o número de graus de liberdade, denotam, respetivamente, a matriz de massa, amortecimento e rigidez do sistema, <math display="inline">e\mbox{ }\overset{..}{x}\left(t\right),\mbox{ }\overset{\mbox{.}}{x}\left(t\right),\mbox{ }x\left(t\right)\mbox{ }e\mbox{ }f\left(t\right)\in \mathbb{R}^{n\times 1}</math> , denotam, respetivamente, os vetores aceleração, velocidade, deslocamento e excitação externa em função do tempo.      
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Para um sistema não amortecido e sem perturbação externa, a Eq. (1) é reduzida a
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{| class="formulaSCP" style="width: 100%; text-align: center;" 
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|-
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{| style="text-align: center; margin:auto;" 
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|-
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| <math>M\overset{..}{x}\left(t\right)+Kx\left(t\right)=0</math>
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| style="text-align: right;" | ( 2)
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Uma solução do sistema linear homogéneo de segunda ordem (2) pode ser escrita como
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{| class="formulaSCP" style="width: 100%; text-align: center;" 
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|-
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| 
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{| style="text-align: center; margin:auto;" 
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| <math>x\left(t\right)=\phi _icos(\omega _it+\psi _i)\mbox{,}</math>
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| style="text-align: right;" | ( 3)
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onde ''ψ''<sub>''i''</sub>  é um ângulo de mudança de fase, '''''ϕ'''''<sub>''i''</sub>  representa um vetor próprio e ''ω''<sub>''i''</sub>  está relacionado com o valor próprio do problema de valores e vetores próprios como se explica a seguir.      
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Calculando a segunda derivada de (3) em ordem a ''t''  obtém‐se
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{| class="formulaSCP" style="width: 100%; text-align: center;" 
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|-
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{| style="text-align: center; margin:auto;" 
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| <math>\ddot{x}\left(t\right)=-\omega _i^2\phi _icos(\omega _it+\psi _i)\mbox{,}</math>
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|}
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| style="text-align: right;" | ( 4)
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que em conjunto com (3) pode ser inserido na expressão (2), obtendo‐se
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{| class="formulaSCP" style="width: 100%; text-align: center;" 
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|-
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| 
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{| style="text-align: center; margin:auto;" 
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|-
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| <math>K\phi _i=\omega _i^2M\phi _i\mbox{.}</math>
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|}
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| style="text-align: right;" | ( 5)
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Pré‐multiplicando a Eq. (5) por '''''M'''''<sup>-1</sup>  pode‐se escrever a igualdade
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{| class="formulaSCP" style="width: 100%; text-align: center;" 
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|-
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{| style="text-align: center; margin:auto;" 
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|-
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| <math>M^{-1}K\phi _i=\omega _i^2\phi _i\mbox{,}</math>
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| style="text-align: right;" | ( 6)
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ou introduzir a matriz identidade,
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{| class="formulaSCP" style="width: 100%; text-align: center;" 
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|-
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{| style="text-align: center; margin:auto;" 
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| <math>(M^{-1}K-\omega _i^2I)\phi _i=0\mbox{.}</math>
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| style="text-align: right;" | ( 7)
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De modo a existir uma solução não‐trivial, <math display="inline">M^{-1}K-\omega _i^2I</math>  deve ser singular. Assim,
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{| class="formulaSCP" style="width: 100%; text-align: center;" 
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{| style="text-align: center; margin:auto;" 
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| <math>\mbox{det}(M^{-1}K-\omega _i^2I)=0\mbox{.}</math>
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| style="text-align: right;" | ( 8)
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A partir de '''det''' ('''''M'''''<sup>-1</sup>'''''K'''''  − ''λ''<sub>''i''</sub>'''''I''''' ) = '''0'''  pode‐se determinar os valores próprios <math display="inline">\lambda _i=\omega _i^2</math>  em que cada valor próprio tem um vetor próprio '''''ϕ'''''<sub>''i''</sub>  ≠ '''0'''  associado, o qual pode então ser obtido a partir de solução de (7). Os vetores próprios '''''ϕ'''''<sub>''i''</sub>  correspondem às formas naturais de vibração, cujas componentes representam amplitudes, e ''ω''<sub>''i''</sub>  representam as frequências naturais circulares medidas em rad/s, definidas como as raízes quadradas positivas dos valores próprios.      
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O problema de encontrar as frequências naturais e as formas naturais de vibração de um dado sistema dinâmico é aqui abordado, na medida em que a resposta modal dos modelos de placas rebitadas é usada para o processo de melhoramento de modelos de elementos finitos.
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A partir da resposta do sistema também é possível, usando a função de resposta em frequência (FRF), determinar o fator de amortecimento ''ξ'' . O fator de amortecimentos é dado por  [[#bib0130|[12]]]
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{| class="formulaSCP" style="width: 100%; text-align: center;" 
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{| style="text-align: center; margin:auto;" 
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| <math>\xi =\frac{\Delta \omega }{2\omega }\mbox{,}</math>
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| style="text-align: right;" | ( 9)
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onde ''Δω''  = ''p''<sub>2</sub>  − ''p''<sub>1</sub>  é a largura de banda em frequência entre os pontos de média potência ''p''<sub>1</sub>  e ''p''<sub>2</sub> , e ''ω''  é frequência natural circular do modo de vibração que está entre ''p''<sub>1</sub>  e ''p''<sub>2</sub> .      
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Uma vez conhecido a amplitude máxima ''X''<sub>máx</sub> , os pontos de média potência são encontrados quando a amplitude ''X''<sub>''p''</sub>  é determinada, em que
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{| class="formulaSCP" style="width: 100%; text-align: center;" 
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{| style="text-align: center; margin:auto;" 
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| <math>X_p=\frac{X_{\mbox{máx}}}{\sqrt{2}}\mbox{.}</math>
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| style="text-align: right;" | ( 10)
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O fator de qualidade ''Q''  é dado por
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{| class="formulaSCP" style="width: 100%; text-align: center;" 
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{| style="text-align: center; margin:auto;" 
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| <math>Q=\frac{1}{2\xi }\mbox{.}</math>
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| style="text-align: right;" | ( 11)
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==3. Função objetivo==
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Nesta secção é descrito o formalismo desenvolvido para a função objetivo. A função objetivo ''f''  é dada pela soma de 3 funções específicas como descrito abaixo
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{| class="formulaSCP" style="width: 100%; text-align: center;" 
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|-
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{| style="text-align: center; margin:auto;" 
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| <math>f\left(v\right)=f_{\varphi C}\left(v\right)+f_{\varphi U}\left(v\right)+f_{\lambda }\left(v\right)\mbox{,}</math>
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| style="text-align: right;" | ( 12)
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onde a função ''f''<sub>''φC''</sub>  representa e quantifica a diferença entre os pares de formas naturais de vibração correlacionadas do modelo de referência e do modelo numérico, a função ''f''<sub>''φU''</sub>  representa e quantifica a diferença entre os pares de formas naturais de vibração não correlacionadas do modelo de referência e do modelo numérico, e a função ''f''<sub>''λ''</sub>  representa e quantifica a diferença entre as frequências do modelo numérico e do modelo de referência.      
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A função objetivo ''f  ''  depende do vetor <math display="inline">v</math>  que contém os parâmetros a otimizar e quantifica a diferença do comportamento dinâmico entre o modelo numérico e o modelo de referência.      
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A função objetivo ''f''<sub>''φC''</sub>  é dada por
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<span id='eq0065'></span>
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{| class="formulaSCP" style="width: 100%; text-align: center;" 
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|-
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{| style="text-align: center; margin:auto;" 
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|-
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| <math>f_{\varphi C}\left(v\right)=-\frac{\sum _{i=1}^{N_C}M\overset{\mbox{ˆ}}{A}C_{ii_q}\left(\overset{\mbox{ˆ}}{v}_q\right)}{\sum _{i=1}^{N_C}M\overset{\mbox{ˆ}}{A}C_{ii_0}\left(\overset{\mbox{ˆ}}{v}_0\right)}\mbox{,}</math>
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| style="text-align: right;" | ( 13)
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onde ''N''<sub>''C''</sub>  é o número de pares de formas naturais de vibração correlacionadas da diagonal da matriz MAC (Modal Assurance Criterion), <math display="inline">M\overset{\mbox{ˆ}}{A}C_{ii_0}</math>  são os elementos da diagonal da matriz MAC inicialmente estimados, <math display="inline">\overset{\mbox{ˆ}}{v}_0</math>  é o vetor que contém os valores iniciais dos parâmetros, <math display="inline">M\overset{\mbox{ˆ}}{A}C_{ii_q}</math>  são os elementos da diagonal da matriz MAC estimados a cada iteração ''q  ''  e <math display="inline">\overset{\mbox{ˆ}}{v}_q</math>  é o vetor que contém os valores dos parâmetros estimados a cada iteração ''q'' , com ''q''  ≥ 0. O valor do MAC entre 2 formas naturais de vibração ''ϕ''<sub>''i''</sub>  and <math display="inline">\phi _{j_q}</math>  é definido por [[#bib0140|[14]]]
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{| class="formulaSCP" style="width: 100%; text-align: center;" 
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|-
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{| style="text-align: center; margin:auto;" 
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|-
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| <math>MAC_{ij_q}=\frac{\left(\phi _i^T\overset{\mbox{ˆ}}{\phi }_{j_q}\right)^2}{\left(\phi _i^T\phi _i\right)\left(\left(\overset{\mbox{ˆ}}{\phi }_{j_q}\right)^T\overset{\mbox{ˆ}}{\phi }_{j_q}\right)}\mbox{,}</math>
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|}
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| style="text-align: right;" | ( 14)
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onde '''''ϕ'''''<sub>''i''</sub>  é o vetor de referência que contém as formas naturais de vibração experimentais ''i  ''  e <math display="inline">\overset{\mbox{ˆ}}{\phi }_{j_q}</math>  é vetor que contém as formas naturais de vibração numéricas estimadas ''j''  a cada iteração ''q'' , com ''q''  ≥ 0.      
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A função ''f''<sub>''φU''</sub>  é dada por
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{| class="formulaSCP" style="width: 100%; text-align: center;" 
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|-
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| 
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{| style="text-align: center; margin:auto;" 
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|-
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| <math>f_{\varphi U}\left(v\right)=\left(\frac{1}{N_U}\right)\frac{\sum _{j=1}^{N_U}\sum _{\begin{array}{c}
240
i=1\\
241
j\not =i
242
\end{array}}^{N_U}M\overset{\mbox{ˆ}}{A}C_{ij_q}\left(\overset{\mbox{ˆ}}{v}_q\right)}{\sum _{j=1}^{N_U}\sum _{\begin{array}{c}
243
i=1\\
244
j\not =i
245
\end{array}}^{N_U}M\overset{\mbox{ˆ}}{A}C_{ij_0}\left(\overset{\mbox{ˆ}}{v}_0\right)}\mbox{,}</math>
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|}
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| style="text-align: right;" | ( 15)
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|}
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onde ''N''<sub>''U''</sub>  é o número de pares de formas naturais de vibração não correlacionadas fora da diagonal da matriz MAC.      
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A função ''f''<sub>''λ''</sub>  é dada por
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<span id='eq0080'></span>
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{| class="formulaSCP" style="width: 100%; text-align: center;" 
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|-
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{| style="text-align: center; margin:auto;" 
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|-
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| <math>f_{\lambda }\left(v\right)=\frac{\sum _{i=1}^{N_{\lambda }}\left(f_i-\overset{\mbox{ˆ}}{f}_{i_q}\left(\overset{\mbox{ˆ}}{v}_q\right)\right)^2}{\sum _{i=1}^{N_{\lambda }}\left(f_i-\overset{\mbox{ˆ}}{f}_{i_0}\left(\overset{\mbox{ˆ}}{v}_0\right)\right)^2}\mbox{,}</math>
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|}
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| style="text-align: right;" | ( 16)
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|}
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onde ''N''<sub>''λ''</sub>  é o número de valores próprios ''λ''  correspondente aos pares de formas naturais de vibração correlacionadas (ver secção 1), ''f''<sub>''i''</sub>  é a ''i''<sup>''th''</sup>  frequência natural de referência obtida experimentalmente, <math display="inline">\overset{\mbox{ˆ}}{f}_{i_0}</math>  frequência numérica inicial estimada definida por <math display="inline">\overset{\mbox{ˆ}}{f}_{i_0}=\frac{\sqrt{\overset{\mbox{ˆ}}{\lambda }_{i_0}}}{2\pi }</math> , <math display="inline">\overset{\mbox{ˆ}}{f}_{i_q}</math>  é a ''i''<sup>''th''</sup>  frequência natural numérica estimada a cada iteração ''q  ''  definida por <math display="inline">\overset{\mbox{ˆ}}{f}_{i_q}=\frac{\sqrt{\overset{\mbox{ˆ}}{\lambda }_{i_q}}}{2\pi }</math> , <math display="inline">\overset{\mbox{ˆ}}{\lambda }_{i_0}</math>  é o ''i''<sup>''th''</sup>  valor próprio numérico inicial estimado, e <math display="inline">\overset{\mbox{ˆ}}{\lambda }_{i_q}</math>  é o ''i''<sup>''th''</sup>  valor próprio numérico estimado a cada iteração ''q'' , com ''q''  ≥ 0. O termo quadrático na Eq. [[#eq0080|(16)]]  é usado para acelerar a convergência e obter apenas diferenças positivas entre as frequências do modelo numérico e de referência. O denominador em (13), (15) e (16) é usado para obter diferenças normalizadas. Os vetores que contêm as formas naturais de vibração estimadas <math display="inline">\overset{\mbox{ˆ}}{\phi }_{i_q}</math>  e os valores próprios estimados <math display="inline">\overset{\mbox{ˆ}}{\lambda }_{i_q}</math>  são função dos parâmetros contidos no vetor <math display="inline">\overset{\mbox{ˆ}}{v}_q</math> . A relação entre eles pode ser escrita, respetivamente, como
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{| class="formulaSCP" style="width: 100%; text-align: center;" 
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|-
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{| style="text-align: center; margin:auto;" 
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|-
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| <math>\overset{\mbox{ˆ}}{\phi }_{i_q}=f\left(\overset{\mbox{ˆ}}{v}_{q_1},\overset{\mbox{ˆ}}{v}_{q_2},\overset{\mbox{ˆ}}{v}_{q_3},...,\overset{\mbox{ˆ}}{v}_{q_p}\right)</math>
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| style="text-align: right;" | ( 17)
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e
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{| class="formulaSCP" style="width: 100%; text-align: center;" 
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|-
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{| style="text-align: center; margin:auto;" 
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|-
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| <math>\overset{\mbox{ˆ}}{\lambda }_{i_q}=f\left(\overset{\mbox{ˆ}}{v}_{q_1},\overset{\mbox{ˆ}}{v}_{q_2},\overset{\mbox{ˆ}}{v}_{q_3},...,\overset{\mbox{ˆ}}{v}_{q_p}\right),\mbox{ }para=1,\mbox{ }\cdots ,\mbox{ }n\mbox{,}</math>
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286
| style="text-align: right;" | ( 18)
287
|}
288
289
onde ''p''  é o número de parâmetros a otimizar e ''n''  é o número de graus de liberdade.      
290
291
Os parâmetros <math display="inline">\overset{\mbox{ˆ}}{v}_{q_1},...,\overset{\mbox{ˆ}}{v}_{q_p}</math>  contidos no vetor <math display="inline">\overset{\mbox{ˆ}}{v}_q</math>  estão sujeitos à restrição
292
293
{| class="formulaSCP" style="width: 100%; text-align: center;" 
294
|-
295
| 
296
{| style="text-align: center; margin:auto;" 
297
|-
298
| <math>v_{LB}\leq \overset{\mbox{ˆ}}{v}_{q_i}\leq v_{UB},\mbox{ }para\mbox{ }i=1,\mbox{ }\ldots ,\mbox{ }p\mbox{,}</math>
299
|}
300
| style="text-align: right;" | ( 19)
301
|}
302
303
onde a quantidade <math display="inline">v_{LB}</math>  representa o limite inferior e a quantidade <math display="inline">v_{UB}</math>  representa o limite superior.      
304
305
O valor ótimo para a constante de rigidez do elemento mola‐amortecedor é obtido quando a função objetivo é minimizada. No entanto, o valor mínimo obtido na função objetivo é diferente para cada caso, uma vez que os modelos envolvidos em cada caso também são diferentes, não podendo ser considerado como uma referência direta para avaliar a melhor representação numérica da respetiva junta rebitada. O valor mínimo obtido na função objetivo apenas indica que o valor ótimo da constante de rigidez foi encontrado. A avaliação é então dada pela diferença percentual média entre as frequências naturais do modelo de referência e do modelo numérico, definida como
306
307
<span id='eq0100'></span>
308
{| class="formulaSCP" style="width: 100%; text-align: center;" 
309
|-
310
| 
311
{| style="text-align: center; margin:auto;" 
312
|-
313
| <math>\mbox{Diferença}\mbox{ }\mbox{Percentual}\mbox{ }\mbox{Média}=\frac{\sum _{i=1}^{N_{\lambda }}\left(\frac{f_i-\overset{\mbox{ˆ}}{f}_i}{f_i}\right)}{N_{\lambda }}\times 100\mbox{,}</math>
314
|}
315
| style="text-align: right;" | ( 20)
316
|}
317
318
onde <math display="inline">\overset{\mbox{ˆ}}{f}_i</math>  é a ''i''<sup>''th''</sup>  frequência natural numérica estimada final.      
319
320
==4. Processo de melhoramento de modelos de elementos finitos==
321
322
O algoritmo usado no processo de melhoramento de modelos de elementos finitos é apresentado nesta secção. O algoritmo é implementado em MATLAB<sup>®</sup> , usando algumas ferramentas da sua ''Toolbox'' , e está preparado para interagir com o programa de cálculo de elementos finitos ANSYS<sup>®</sup> .      
323
324
===4.1. Descrição do algoritmo===
325
326
Considere‐se <math display="inline">\overset{\mbox{ˆ}}{\varphi }_0\left(\overset{\mbox{ˆ}}{v}_0\right)</math>  e <math display="inline">\overset{\mbox{ˆ}}{\lambda }_0\left(\overset{\mbox{ˆ}}{v}_0\right)</math> , respetivamente como os vetores próprios numéricos iniciais estimados e os valores próprios numéricos iniciais estimados, a partir dos quais podem ser calculados <math display="inline">M\overset{\mbox{ˆ}}{A}C_{ii_0}\left(\overset{\mbox{ˆ}}{v}_0\right)</math> , <math display="inline">M\overset{\mbox{ˆ}}{A}C_{ij_0}\left(\overset{\mbox{ˆ}}{v}_0\right)</math>  e <math display="inline">\overset{\mbox{ˆ}}{\omega }_{i_0}\left(\overset{\mbox{ˆ}}{v}_0\right)</math> , onde <math display="inline">M\overset{\mbox{ˆ}}{A}C_{ii_0}\left(\overset{\mbox{ˆ}}{v}_0\right)</math>  são os elementos da diagonal da matriz MAC inicial estimada e <math display="inline">M\overset{\mbox{ˆ}}{A}C_{ij_0}\left(\overset{\mbox{ˆ}}{v}_0\right)</math>  são os valores fora da diagonal da matriz MAC inicial estimada.      
327
328
A função objetivo inicial ''f''<sup>0</sup> , definida em (12), dependendo das Eqs. [[#eq0065|(13)]]  ‐ (16), é usada para comparar os valores numéricos iniciais estimados com os valores de referência/experimentais. Se ''f''<sup>0</sup>  → −1<sup>+</sup> , onde <math display="inline">-1^+=\underset{\in \rightarrow 0}{lim}\left(-1+\in \right)</math>  ou se a condição <math display="inline">\left|f^{q+1}-f^q\right|\leq 10^{-6}</math>  é satisfeita como critério de paragem, então o processo de melhoramento de modelos de elementos é concluído. Se nenhuma das condições acima é satisfeita, então ''q''  = ''q''  + 1 e novas estimativas <math display="inline">\overset{\mbox{ˆ}}{\varphi }_{q+1}\left(\overset{\mbox{ˆ}}{v}_{q+1}\right)</math>  e <math display="inline">\overset{\mbox{ˆ}}{\lambda }_{q+1}\left(\overset{\mbox{ˆ}}{v}_{q+1}\right)</math>  são calculadas. Novamente, estes valores são comparados com os valores de referência usando a função objetivo ''f''<sup>''q'' +1                            </sup>  baseada na Eq. (12). Se para alguma iteração ''q''  = ''h''  ≥ 1, tal que ''f''<sup>''h''</sup>  → −1<sup>+</sup> , ou se a condição <math display="inline">\left|f_d^{q+1}-f_d^q\right|\leq 10^{-6}</math>  é satisfeita, então o processo de melhoramento de modelos de elementos finitos é concluído e os valores ótimos de <math display="inline">\overset{\mbox{ˆ}}{\varphi }_h\left(\overset{\mbox{ˆ}}{\nu }_h\right)</math>  e <math display="inline">\overset{\mbox{ˆ}}{\lambda }_h\left(\overset{\mbox{ˆ}}{v}_h\right)</math>  são encontrados. O mesmo é dizer que o valor ótimo do parâmetro que carateriza a constante de rigidez do elemento mola‐amortecedor e que melhor aproxima o modelo numérico ao modelo de referência/experimental é encontrado.      
329
330
===4.2. Fluxograma do processo===
331
332
O fluxograma que descreve a interação entre o MATLAB<sup>®</sup>  e o ANSYS<sup>®</sup>  é apresentado na [[#fig0005|figura 1]] .
333
334
<span id='fig0005'></span>
335
336
{| style="text-align: center; border: 1px solid #BBB; margin: 1em auto; max-width: 100%;" 
337
|-
338
|
339
340
341
[[Image:draft_Content_162786113-1-s2.0-S0213131515000322-gr1.jpg|center|375px|Fluxograma de interação entre o Matlab® e o Ansys®.]]
342
343
344
|-
345
| <span style="text-align: center; font-size: 75%;">
346
347
Figura 1.
348
349
Fluxograma de interação entre o Matlab<sup>®</sup>  e o Ansys<sup>®</sup> .                  
350
351
</span>
352
|}
353
354
Os principais passos do processo de melhoramento de modelo de elementos finitos são os seguintes.
355
* Executa o ANSYS<sup>®</sup>  com o modelo de elementos finitos inicial a otimizar, construído em APDL num ficheiro ''input.txt  '' , com os parâmetros a otimizar contidos no vetor inicial <math display="inline">v_0</math> .                          
356
* Lê o ficheiro de resultados ''output.txt''  obtido do ANSYS<sup>®</sup>  e compara os valores estimados com os valores de referência/experimentais, de modo a construir a função objetivo ''f'' .                          
357
* Conclui o processo se um valor ótimo é atingido, ou seja, se as condições de paragem são satisfeitas, ou vai para o passo 4.
358
* Obtém os novos parâmetros <math display="inline">\overset{\mbox{ˆ}}{v}_{q+1}</math>  definidos pelo otimizador, tendo em conta os constrangimentos definidos pela condição (19).                          
359
* Modifica o modelo de elementos finitos no ficheiro ''input.txt  ''  com os novos parâmetros <math display="inline">\overset{\mbox{ˆ}}{v}_{q+1}</math> .                          
360
* Inicia uma nova análise com o novo ficheiro ''input.txt'' , indo para o passo 1.                  
361
362
O processo de melhoramento de elementos finitos usa no seu otimizador um ''solver''  de procura global baseado nos métodos estocásticos, o ''GlobalSearch'' , fornecido pela ''Toolbox''  do MATLAB<sup>®</sup> . O ''GlobalSearch''  é processado em 2 fases: a fase local e a fase global. Na fase local, os pontos de amostragem, obtidos aleatoriamente, são manipulados por um ''solver''  local, o ''fmincon'' , de modo a encontrar vários candidatos a mínimo local. Na fase global, o mínimo local com menor valor da função objetivo é usado como uma aproximação para o ótimo global. Os restantes pontos de partida são rejeitados.      
363
364
==5. Procedimento experimental==
365
366
As amostras para análise modal experimental consistem em 2 placas de alumínio (PL1 e PL2) interligadas, com 2 mm de espessura, como mostrado na [[#fig0010|figura 2]] a. As placas estão ligadas por meio de rebites de alumínio com 3 mm de diâmetro. Quatro amostras, com junta composta por um, 2, 3 e 5 rebites, são submetidas a análise modal experimental. Os testes são realizados em temperatura ambiente, cerca de 20 °C, utilizando o equipamento LMS SCADAS<sup>®</sup>  para análise modal experimental. As amostras são testadas na condição próxima de livre no espaço, estando suspensas em 2 pontos por meio de um fio de nylon de 350 mm de comprimento, de modo a não causar interferência no ensaio, conforme mostrado na [[#fig0010|figura 2]] b. Os testes são realizados utilizando um martelo de impacto instrumentado da PCB<sup>®</sup> , sendo a força de impacto aplicada no ponto P1, e a resposta medida com um laser de interferometria Doppler em 8 pontos, P1 a P8 como mostrado na [[#fig0010|figura 2]] c.
367
368
<span id='fig0010'></span>
369
370
{| style="text-align: center; border: 1px solid #BBB; margin: 1em auto; max-width: 100%;" 
371
|-
372
|
373
374
375
[[Image:draft_Content_162786113-1-s2.0-S0213131515000322-gr2.jpg|center|373px|(a) Representação esquemática de um modelo com junta composta por 5 rebites; (b) ...]]
376
377
378
|-
379
| <span style="text-align: center; font-size: 75%;">
380
381
Figura 2.
382
383
(a) Representação esquemática de um modelo com junta composta por 5 rebites; (b) modelo submetido a análise modal experimental; (c) localização dos pontos medidos.
384
385
</span>
386
|}
387
388
Os 8 pontos selecionados são os mínimos necessários para a obtenção de dados de referência/experimentais suficientes de modo a que o processo de melhoramento de modelos de elementos fintos (''updating'' ) seja efetuado com sucesso.      
389
390
Foi efetuado outro ensaio experimental em que a resposta foi medida em 12 pontos, de modo a ser possível representar graficamente com boa aproximação as 8 primeiras formas naturais de vibração dos modelos experimentais. Os dados são coletados no domínio do tempo (amplitude em função do tempo) e processados no software de análise modal LMS<sup>®</sup> , de modo a serem convertidos para o domínio da frequência. As frequências naturais e amplitudes de cada ponto são obtidas a partir da curva ajustada da FRF.      
391
392
O material foi adquirido todo do mesmo lote e os cortes efetuados por meio de tecnologia laser. Foram efetuados 3 ensaios em condições idênticas de um mesmo caso para avaliar a repetibilidade dos resultados, verificando‐se uma diferença entre eles desprezável, pelo que se procedeu a posteriormente a um único ensaio para cada caso de estudo.
393
394
As 2 placas usadas para construir as amostras foram também elas sujeitas individualmente a análise modal experimental, com o fim de verificar se as placas modeladas em elementos finitos representam bem as placas físicas.
395
396
==6. Modelos de elementos finitos==
397
398
Os modelos numéricos são construídos utilizando o APDL, com as mesmas propriedades geométricas e mecânicas dos modelos experimentais, como apresentado na [[#tbl0005|tabela 1]] . As propriedades mecânicas dos modelos experimentais, como o módulo de Young e o coeficiente de Poisson, foram estimadas por meio de ensaios experimentais de tração.
399
400
<span id='tbl0005'></span>
401
402
{| class="wikitable" style="min-width: 60%;margin-left: auto; margin-right: auto;"
403
|+
404
405
Tabela 1.
406
407
Propriedades mecânicas do alumínio
408
409
|-
410
411
! Propriedade
412
! Símbolo
413
! Unidades
414
! Valor
415
|-
416
417
| Módulo de Young
418
| Ex
419
| [Pa]
420
| 66.870×109
421
|-
422
423
| Módulo de Young
424
| Ey
425
| [Pa]
426
| 71.030×109
427
|-
428
429
| Coeficiente de Poissson
430
| υxy
431
| 
432
| 0,31
433
|-
434
435
| Densidade
436
| ρ
437
| [kg/m3]
438
| 2.707
439
|}
440
441
As placas são modeladas com elementos de casca (shell63). O rebite é construído com elementos que combinam mola e amortecedor (combin14). A dimensão do elemento de casca é de 0,003 m de largura 0,003 m de altura. O amortecimento em materiais metálicos como o alumínio é considerado insignificante, pelo que pode ser desprezado, não sendo assim considerado no elemento mola‐amortecedor. Para justificar essa opção são apresentados na secção 7 os valores dos fatores de amortecimento ''ξ'' , assim como os respetivos valores do fator de qualidade ''Q''  para os modos de vibração obtidos experimentalmente no modelo de junta rebitada com 5 rebites.      
442
443
Um valor inicial de 5 × 10<sup>7</sup>  N/m é atribuído à constante de rigidez da mola, que é variável durante o processo de melhoramento de modelos de elementos finitos. A massa do rebite obtida por pesagem é dividida pontualmente pelos nós que interligam as 2 placas por meio dos elementos mola‐amortecedor e é modelada com elementos de massa (mass21), não sendo utilizada como variável ao longo do processo de melhoramento.). As propriedades do rebite modelado em elementos finitos são apresentadas na [[#tbl0010|tabela 2]] .
444
445
<span id='tbl0010'></span>
446
447
{| class="wikitable" style="min-width: 60%;margin-left: auto; margin-right: auto;"
448
|+
449
450
Tabela 2.
451
452
Propriedades atribuídas ao rebite modelado em elementos finitos
453
454
|-
455
456
! Propriedade
457
! Símbolo
458
! Unidades
459
! Valor
460
|-
461
462
| Constante de rigidez por cada elemento mola‐amortecedor
463
| k
464
| [N/m]
465
| 5×107
466
|-
467
468
| Massa do rebite
469
| m
470
| [kg]
471
| 2,5×10−4
472
|}
473
474
A [[#fig0015|figura 3]]  mostra as várias representações do rebite em elementos finitos com diferentes quantidades de elementos mola‐amortecedor (4, 6, 8, 12, 16 e 20) por rebite.
475
476
<span id='fig0015'></span>
477
478
{| style="text-align: center; border: 1px solid #BBB; margin: 1em auto; max-width: 100%;" 
479
|-
480
|
481
482
483
[[Image:draft_Content_162786113-1-s2.0-S0213131515000322-gr3.jpg|center|393px|Representação do rebite em elementos finitos com: (a) 4, (b) 6, (c) 8, (d) 12, ...]]
484
485
486
|-
487
| <span style="text-align: center; font-size: 75%;">
488
489
Figura 3.
490
491
Representação do rebite em elementos finitos com: (a) 4, (b) 6, (c) 8, (d) 12, (e) 16 e (f) 20 elementos mola‐amortecedor por rebite.
492
493
</span>
494
|}
495
496
A [[#fig0020|figura 4]]  mostra em corte transversal os vários modelos em elementos finitos de 2 placas interligadas por diferentes quantidades de rebites (um, 2, 4 e 5).
497
498
<span id='fig0020'></span>
499
500
{| style="text-align: center; border: 1px solid #BBB; margin: 1em auto; max-width: 100%;" 
501
|-
502
|
503
504
505
[[Image:draft_Content_162786113-1-s2.0-S0213131515000322-gr4.jpg|center|373px|Modelo da junta rebitada em elementos finitos com: (a) um, (b) 2, (c) 3 e (d) 5 ...]]
506
507
508
|-
509
| <span style="text-align: center; font-size: 75%;">
510
511
Figura 4.
512
513
Modelo da junta rebitada em elementos finitos com: (a) um, (b) 2, (c) 3 e (d) 5 rebites.
514
515
</span>
516
|}
517
518
O processo de melhoramento de modelos de elementos finitos é usado de modo a encontrar o valor da constante de rigidez ''k''  dos elementos mola‐amortecedor e, consequentemente, da junta rebitada numérica que melhor reproduz o modelo experimental. É esperado que esse valor possa variar de acordo com a quantidade de rebites e elementos mola‐amortecedor por cada rebite. Para estudar esse efeito são construídos 24 modelos diferentes de juntas rebitadas em elementos finitos: 4 juntas rebitadas com diferentes quantidades de rebites (um, 2, 3 e 5), combinados com 6 diferentes quantidades de elementos mola‐amortecedor (4, 6, 8, 12, 16 e 20) por cada rebite.).      
519
520
==7. Resultados e discussão==
521
522
Os resultados obtidos são apresentados nesta secção. Primeiro apresenta‐se nas [[#tbl0015|Tabela 3]]  and [[#tbl0020|Tabela 4]]  a comparação do comportamento dinâmico entre as dua2s placas físicas (PL1 e PL2, respetivamente) e o modelo em elementos finitos que as representa. A diferença percentual média, obtida pela Eq. [[#eq0100|(20)]] , entre as frequências naturais da placa PL1 e PL2 e o respetivo modelo de elementos finitos é de 0,37 e 0,35%, respetivamente. O valor 1 para o MAC revela que as formas naturais de vibração também estão bem correlacionadas. Podemos concluir que o modelo em elementos finitos representa com elevada aproximação as placas reais.
523
524
<span id='tbl0015'></span>
525
526
{| class="wikitable" style="min-width: 60%;margin-left: auto; margin-right: auto;"
527
|+
528
529
Tabela 3.
530
531
Comparação entre o comportamento dinâmico da placa física PL1 e a respetiva representação em modelo de elementos finitos
532
533
|-
534
535
! Modo
536
! Frequência natural da placa física [Hz]
537
! Frequência natural da placa em elementos finitos [Hz]                                                    
538
! Diferença [%]
539
! MAC
540
|-
541
542
| 1
543
| 436,41
544
| 434,88
545
| 0,35
546
| 1
547
|-
548
549
| 2
550
| 859,07
551
| 850,24
552
| 1,03
553
| 1
554
|-
555
556
| 3
557
| 1208,79
558
| 1207,15
559
| 0,14
560
| 1
561
|-
562
563
| 4
564
| 1796,48
565
| 1788,13
566
| 0,46
567
| 1
568
|-
569
570
| 5
571
| 2381,29
572
| 2376,29
573
| 0,21
574
| 1
575
|-
576
577
| 6
578
| 2900,54
579
| 2895,54
580
| 0,17
581
| 1
582
|-
583
584
| 7
585
| 3911,60
586
| 3920,37
587
| 0,22
588
| 1
589
|-
590
591
| 8
592
| 4229,67
593
| 4246,45
594
| 0,40
595
| 1
596
|}
597
598
<span id='tbl0020'></span>
599
600
{| class="wikitable" style="min-width: 60%;margin-left: auto; margin-right: auto;"
601
|+
602
603
Tabela 4.
604
605
Comparação entre o comportamento dinâmico da placa física PL2 e a respetiva representação em modelo de elementos finitos
606
607
|-
608
609
! Modo
610
! Frequência natural da placa física [Hz]
611
! Frequência natural da placa em elementos finitos [Hz]                                                    
612
! Diferença [%]
613
! MAC
614
|-
615
616
| 1
617
| 435,53
618
| 434,88
619
| 0,15
620
| 1
621
|-
622
623
| 2
624
| 859,39
625
| 850,24
626
| 1,06
627
| 1
628
|-
629
630
| 3
631
| 1208,82
632
| 1207,15
633
| 0,14
634
| 1
635
|-
636
637
| 4
638
| 1796,47
639
| 1788,13
640
| 0,46
641
| 1
642
|-
643
644
| 5
645
| 2382,32
646
| 2376,29
647
| 0,25
648
| 1
649
|-
650
651
| 6
652
| 2900,87
653
| 2895,54
654
| 0,18
655
| 1
656
|-
657
658
| 7
659
| 3912,71
660
| 3920,37
661
| 0,20
662
| 1
663
|-
664
665
| 8
666
| 4230,79
667
| 4246,45
668
| 0,37
669
| 1
670
|}
671
672
De modo a justificar a opção por desprezar o coeficiente de amortecimento nos modelos de elementos finitos, são apresentados na [[#tbl0025|tabela 5]]  os valores dos fatores de amortecimento ''ξ''  e os respetivos fatores de qualidade ''Q''  para cada modo de vibração do modelo de junta rebitada com 5 rebites.
673
674
<span id='tbl0025'></span>
675
676
{| class="wikitable" style="min-width: 60%;margin-left: auto; margin-right: auto;"
677
|+
678
679
Tabela 5.
680
681
Valores dos fatores de amortecimento ''ξ''  e dos respetivos fatores de qualidade ''Q''  para cada modo de vibração do modelo de junta rebitada com 5 rebites                  
682
683
|-
684
685
! Modo
686
! Frequência natural da placa física [Hz]
687
! Fator de amortecimento ξ
688
! Fator de qualidade Q
689
|-
690
691
| 1
692
| 112,75
693
| 0,0102
694
| 49
695
|-
696
697
| 2
698
| 325,68
699
| 0,0015
700
| 333
701
|-
702
703
| 3
704
| 449,07
705
| 0,0034
706
| 147
707
|-
708
709
| 4
710
| 607,59
711
| 0,0022
712
| 227
713
|-
714
715
| 5
716
| 849,17
717
| 0,0012
718
| 417
719
|-
720
721
| 6
722
| 1058,59
723
| 0,0008
724
| 625
725
|-
726
727
| 7
728
| 1390,99
729
| 0,0008
730
| 625
731
|-
732
733
| 8
734
| 1512,36
735
| 0,0012
736
| 417
737
|}
738
739
Os fatores de amortecimento ''ξ''  apresentados são muito pequenos (''ξ''  < 0.1) para todos os modos de vibração. Os fatores de qualidade ''Q''  são muito elevados e superiores a 0,5, o que demonstra que o sistema é do tipo subamortecido. Assim, o amortecimento pode ser desprezado nos modelos de elementos finitos.      
740
741
A [[#fig0025|figura 5]]  mostra uma representação das 8 primeiras formas naturais de vibração para o modelo de elementos finitos com junta rebitada composta por 5 rebites. A [[#fig0030|figura 6]]  mostra a representação das 8 primeiras formas naturais de vibração obtidas experimentalmente em 12 pontos para o mesmo modelo.
742
743
<span id='fig0025'></span>
744
745
{| style="text-align: center; border: 1px solid #BBB; margin: 1em auto; max-width: 100%;" 
746
|-
747
|
748
749
750
[[Image:draft_Content_162786113-1-s2.0-S0213131515000322-gr5.jpg|center|362px|Representação das 8 primeiras formas naturais de vibração do modelo de elementos ...]]
751
752
753
|-
754
| <span style="text-align: center; font-size: 75%;">
755
756
Figura 5.
757
758
Representação das 8 primeiras formas naturais de vibração do modelo de elementos finitos com junta rebitada composta por 5 rebites.
759
760
</span>
761
|}
762
763
<span id='fig0030'></span>
764
765
{| style="text-align: center; border: 1px solid #BBB; margin: 1em auto; max-width: 100%;" 
766
|-
767
|
768
769
770
[[Image:draft_Content_162786113-1-s2.0-S0213131515000322-gr6.jpg|center|373px|Representação das 8 primeiras formas naturais de vibração do modelo experimental ...]]
771
772
773
|-
774
| <span style="text-align: center; font-size: 75%;">
775
776
Figura 6.
777
778
Representação das 8 primeiras formas naturais de vibração do modelo experimental com junta rebitada composta por 5 rebites.
779
780
</span>
781
|}
782
783
Como se pode observar por comparação entre as [[#fig0025|Figura 5]]  and [[#fig0030|Figura 6]] , existe boa correlação entre as formas naturais de vibração entre os 2 modelos. O mesmo acontece para os restantes modelos com um, 2 e 3 rebites.      
784
785
O gráfico da [[#fig0035|figura 7]]  mostra a relação entre a diferença percentual média, obtida por aplicação da Eq. (20), entre as frequências naturais dos modelos numéricos melhorados e dos respetivos modelos experimentais, em função da quantidade de elementos mola‐amortecedor. As juntas construídas com 8 elementos mola‐amortecedor por rebite permitem obter a melhor representação em elementos finitos relativamente aos respetivos modelos experimentais com um e 2 rebites como se pode observar nas [[#fig0035|figura 7]] a e b. A diferença percentual média usando 8 elementos mola‐amortecedor é menor relativamente às outras quantidades.
786
787
<span id='fig0035'></span>
788
789
{| style="text-align: center; border: 1px solid #BBB; margin: 1em auto; max-width: 100%;" 
790
|-
791
|
792
793
794
[[Image:draft_Content_162786113-1-s2.0-S0213131515000322-gr7.jpg|center|375px|Diferença percentual, após updating, entre o modelo de elementos finitos e o ...]]
795
796
797
|-
798
| <span style="text-align: center; font-size: 75%;">
799
800
Figura 7.
801
802
Diferença percentual, após ''updating'' , entre o modelo de elementos finitos e o modelo experimental de junta rebitada com (a) um rebite, (b) 2 rebites, (c) 3 rebites e (d) 5 rebites.                  
803
804
</span>
805
|}
806
807
O mesmo acontece para os casos de juntas rebitadas com 3 e 5 rebites. No entanto, as modelações com 12 elementos mola‐amortecedor para esses mesmos casos também apresentam a mesma diferença percentual média, como pode ser observado nas [[#fig0035|figura 7]] c e d. No entanto, a sua maior complexidade de modelação relativamente ao rebite com 8 elementos mola‐amortecedor não justifica a sua implementação. Os gráficos mostram também que o aumento de rebites na junta reduz a diferença percentual média entre o modelo de elementos finitos e o modelo de referência.      
808
809
As [[#tbl0030|Tabela 6]] , [[#tbl0035|Tabela 7]] , [[#tbl0040|Tabela 8]]  and [[#tbl0045|Tabela 9]]  mostram a evolução das frequências naturais dos modelos de elementos finitos e os valores MAC, antes (coluna 7) e após (coluna 8), o ''updating'' , para os modelos com um, 2, 3 e 5 rebites, respetivamente. Nessas tabelas também podem ser observadas as diferenças percentuais entre as 8 primeiras frequências naturais do modelo de referência (coluna 2) e do modelo de elementos finitos, antes do ''updating''  (coluna 4) e depois do ''updating''  (coluna 6). Apenas são mostrados os resultados para os modelos com 8 elementos mola‐amortecedor por cada rebite.
810
811
<span id='tbl0030'></span>
812
813
{| class="wikitable" style="min-width: 60%;margin-left: auto; margin-right: auto;"
814
|+
815
816
Tabela 6.
817
818
Evolução das frequências naturais e formas naturais de vibração (MAC) para o modelo o modelo de elementos finitos de junta rebitada com um rebite e 8 elementos mola‐amortecedor
819
820
|-
821
822
! Modo
823
! Frequência de referência [Hz]
824
! Frequência numérica inicial [Hz]                                                    
825
! Diferença antes do ''updating''  [%]                                                    
826
! Frequência numérica final [Hz]                                                    
827
! Diferença depois do ''updating''  [%]                                                    
828
! MAC inicial
829
! MAC final
830
|-
831
832
| 1
833
| 101,90
834
| 104,44
835
| 2,49
836
| 102,31
837
| 0,41
838
| 1
839
| 1
840
|-
841
842
| 2
843
| 325,37
844
| 322,34
845
| 0,93
846
| 322,32
847
| 0,94
848
| 1
849
| 1
850
|-
851
852
| 3
853
| 444,19
854
| 389,43
855
| 12,33
856
| 380,11
857
| 14,43
858
| 1
859
| 1
860
|-
861
862
| 4
863
| 564,80
864
| 572,16
865
| 1,30
866
| 564,12
867
| 0,12
868
| 1
869
| 1
870
|-
871
872
| 5
873
| 856,42
874
| 852,69
875
| 0,44
876
| 852,64
877
| 0,44
878
| 1
879
| 1
880
|-
881
882
| 6
883
| 1057,65
884
| 1039,53
885
| 1,71
886
| 1039,34
887
| 1,73
888
| 1
889
| 1
890
|-
891
892
| 7
893
| 1363,77
894
| 1210,99
895
| 11,20
896
| 1182,92
897
| 13,26
898
| 1
899
| 1
900
|-
901
902
| 8
903
| 1402,80
904
| 1420,80
905
| 1,28
906
| 1402,80
907
| 0,00
908
| 1
909
| 1
910
|}
911
912
<span id='tbl0035'></span>
913
914
{| class="wikitable" style="min-width: 60%;margin-left: auto; margin-right: auto;"
915
|+
916
917
Tabela 7.
918
919
Evolução das frequências naturais e formas naturais de vibração (MAC) para o modelo de elementos finitos de junta rebitada com 2 rebites e 8 elementos mola‐amortecedor
920
921
|-
922
923
! Modo
924
! Frequência de referência [Hz]
925
! Frequência numérica inicial [Hz]                                                    
926
! Diferença antes do ''updating''  [%]                                                    
927
! Frequência numérica final [Hz]                                                    
928
! Diferença depois do ''updating''  [%]                                                    
929
! MAC inicial
930
! MAC final
931
|-
932
933
| 1
934
| 109,32
935
| 105,13
936
| 3,83
937
| 109,39
938
| 0,07
939
| 1
940
| 1
941
|-
942
943
| 2
944
| 324,85
945
| 324,17
946
| 0,21
947
| 324,34
948
| 0,16
949
| 1
950
| 1
951
|-
952
953
| 3
954
| 443,03
955
| 434,18
956
| 2,00
957
| 435,86
958
| 1,62
959
| 1
960
| 1
961
|-
962
963
| 4
964
| 592,64
965
| 574,49
966
| 3,06
967
| 592,62
968
| 0,00
969
| 1
970
| 1
971
|-
972
973
| 5
974
| 849,38
975
| 851,99
976
| 0,31
977
| 853,01
978
| 0,43
979
| 1
980
| 1
981
|-
982
983
| 6
984
| 1057,09
985
| 1054,82
986
| 0,21
987
| 1055,93
988
| 0,11
989
| 1
990
| 1
991
|-
992
993
| 7
994
| 1369,06
995
| 1360,57
996
| 0,62
997
| 1366,09
998
| 0,22
999
| 1
1000
| 1
1001
|-
1002
1003
| 8
1004
| 1467,81
1005
| 1427,00
1006
| 2,78
1007
| 1471,99
1008
| 0,28
1009
| 1
1010
| 1
1011
|}
1012
1013
<span id='tbl0040'></span>
1014
1015
{| class="wikitable" style="min-width: 60%;margin-left: auto; margin-right: auto;"
1016
|+
1017
1018
Tabela 8.
1019
1020
Evolução das frequências naturais e formas naturais de vibração (MAC) para o modelo de elementos finitos de junta rebitada com 3 rebites e 8 elementos mola‐amortecedor
1021
1022
|-
1023
1024
! Modo
1025
! Frequência de referência [Hz]
1026
! Frequência numérica inicial [Hz]                                                    
1027
! Diferença antes do ''updating''  [%]                                                    
1028
! Frequência numérica final [Hz]                                                    
1029
! Diferença depois do ''updating''  [%]                                                    
1030
! MAC inicial
1031
! MAC final
1032
|-
1033
1034
| 1
1035
| 112,13
1036
| 112,26
1037
| 0,12
1038
| 112,13
1039
| 0,00
1040
| 1
1041
| 1
1042
|-
1043
1044
| 2
1045
| 325,71
1046
| 325,12
1047
| 0,18
1048
| 325,12
1049
| 0,18
1050
| 1
1051
| 1
1052
|-
1053
1054
| 3
1055
| 448,72
1056
| 446,75
1057
| 0,44
1058
| 446,73
1059
| 0,44
1060
| 1
1061
| 1
1062
|-
1063
1064
| 4
1065
| 606,86
1066
| 606,20
1067
| 0,11
1068
| 605,60
1069
| 0,21
1070
| 1
1071
| 1
1072
|-
1073
1074
| 5
1075
| 851,80
1076
| 849,10
1077
| 0,32
1078
| 849,06
1079
| 0,32
1080
| 1
1081
| 1
1082
|-
1083
1084
| 6
1085
| 1058,86
1086
| 1061,24
1087
| 0,23
1088
| 1061,23
1089
| 0,22
1090
| 1
1091
| 1
1092
|-
1093
1094
| 7
1095
| 1389,75
1096
| 1400,94
1097
| 0,81
1098
| 1400,90
1099
| 0,80
1100
| 1
1101
| 1
1102
|-
1103
1104
| 8
1105
| 1508,88
1106
| 1511,15
1107
| 0,15
1108
| 1509,50
1109
| 0,04
1110
| 1
1111
| 1
1112
|}
1113
1114
<span id='tbl0045'></span>
1115
1116
{| class="wikitable" style="min-width: 60%;margin-left: auto; margin-right: auto;"
1117
|+
1118
1119
Tabela 9.
1120
1121
Evolução das frequências naturais e formas naturais de vibração (MAC) para o modelo de elementos finitos de junta rebitada com 5 rebites e 8 elementos mola‐amortecedor
1122
1123
|-
1124
1125
! Modo
1126
! Frequência de referência [Hz]
1127
! Frequência numérica inicial [Hz]                                                    
1128
! Diferença antes do ''updating''  [%]                                                    
1129
! Frequência numérica final [Hz]                                                    
1130
! Diferença depois do ''updating''  [%]                                                    
1131
! MAC inicial
1132
! MAC final
1133
|-
1134
1135
| 1
1136
| 112,75
1137
| 112,78
1138
| 0,03
1139
| 112,75
1140
| 0,00
1141
| 1
1142
| 1
1143
|-
1144
1145
| 2
1146
| 325,68
1147
| 325,13
1148
| 0,17
1149
| 325,12
1150
| 0,17
1151
| 1
1152
| 1
1153
|-
1154
1155
| 3
1156
| 449,07
1157
| 446,76
1158
| 0,51
1159
| 446,72
1160
| 0,52
1161
| 1
1162
| 1
1163
|-
1164
1165
| 4
1166
| 607,59
1167
| 607,85
1168
| 0,04
1169
| 607,67
1170
| 0,01
1171
| 1
1172
| 1
1173
|-
1174
1175
| 5
1176
| 849,17
1177
| 846,98
1178
| 0,26
1179
| 846,92
1180
| 0,26
1181
| 1
1182
| 1
1183
|-
1184
1185
| 6
1186
| 1058,59
1187
| 1061,31
1188
| 0,26
1189
| 1061,30
1190
| 0,26
1191
| 1
1192
| 1
1193
|-
1194
1195
| 7
1196
| 1390,99
1197
| 1400,98
1198
| 0,72
1199
| 1400,88
1200
| 0,71
1201
| 1
1202
| 1
1203
|-
1204
1205
| 8
1206
| 1512,36
1207
| 1517,62
1208
| 0,35
1209
| 1517,06
1210
| 0,31
1211
| 1
1212
| 1
1213
|}
1214
1215
A diferença percentual média, obtida pela aplicação da Eq. [[#eq0100|(20)]] , é de 3,92% para o modelo com um rebite ([[#fig0035|figura 7]] a), 0,36% para o modelo com 2 rebites ([[#fig0035|figura 7]] b), 0,28% para os modelos com 3 rebites ([[#fig0035|figura 7]] c) e 5 rebites ([[#fig0035|figura 7]] d). Confirma‐se que essa diferença se reduz com o aumento do número de rebites na junta. Por outro lado, o valor de um para o MAC inicial e final revela que as formas naturais de vibração estão bem correlacionadas para todos os casos. Este fato indica que os valores ótimos obtidos para as constantes de rigidez ''k''  dos elementos mola‐amortecedor, apresentados na  [[#tbl0050|tabela 10]] , são obtidos com elevada robustez.
1216
1217
<span id='tbl0050'></span>
1218
1219
{| class="wikitable" style="min-width: 60%;margin-left: auto; margin-right: auto;"
1220
|+
1221
1222
Tabela 10.
1223
1224
Valores de constante de rigidez obtidos após ''updating''  dos modelos de elementos finitos para os 4 tipo de juntas rebitadas, em que o rebite é modelado com 8 elementos mola‐amortecedor                  
1225
1226
|-
1227
1228
! Propriedade
1229
! Símbolo
1230
! Unidades
1231
! colspan="4" | Valor
1232
|-
1233
1234
! 
1235
! 
1236
! 
1237
! Um rebite
1238
! 2 rebites
1239
! 3 rebites
1240
! 5 rebites
1241
|-
1242
1243
| Constante de rigidez de cada elemento mola‐amortecedor
1244
| k
1245
| [N/m]
1246
| 2,2×107
1247
| 2,6×107
1248
| 27,0×107
1249
| 40,5×107
1250
|-
1251
1252
| Constante de rigidez de cada rebite
1253
| 
1254
| 
1255
| 17,3×107
1256
| 20,8×107
1257
| 215,6×107
1258
| 324,2×107
1259
|-
1260
1261
| Constante de rigidez da junta
1262
| 
1263
| 
1264
| 
1265
| 41,5×107
1266
| 646,8×107
1267
| 1.621,0×107
1268
|}
1269
1270
==8. Conclusões==
1271
1272
Neste artigo, vários modelos de elementos finitos simplificados de juntas rebitadas são estudados e avaliados. A avaliação é efetuada com base na comparação entre as características modais desses modelos, após aplicado o processo de ''updating'' , e os respetivos modelos experimentais. Com base nos resultados obtidos conclui‐se que as juntas rebitadas com 8 elementos mola‐amortecedor por rebite apresentam a diferença média mais baixa entre o modelo numérico e o modelo experimental. Para as juntas com 3 e 5 rebites, o modelo com 12 elementos mola‐amortecedor por rebite apresenta o mesmo comportamento que o modelo com 8 elementos mola‐amortecedor por rebite. No entanto, a maior complexidade deste modelo não justifica a sua escolha.      
1273
1274
Os resultados das avaliações permitem concluir que os modelos de elementos finitos simplificados propostos permitem representar os modelos de juntas rebitadas experimentais com elevada robustez. O modelo proposto, com 8 elementos mola‐amortecedor por rebite, permite também boa eficiência computacional devido à simplicidade do tipo de elementos usados.
1275
1276
Com este estudo pretendemos contribuir com informação útil para os ''designers''  na modelação de juntas rebitadas para análise em elementos finitos de dinâmica de estruturas.
1277
1278
==Agradecimentos==
1279
1280
Os autores agradecem ao ''Centre for Mechanical and Materials Technologies''  (CT2 M) da Universidade do Minho.
1281
1282
==Referências==
1283
1284
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<li><span id='bib0125'></span>
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1312
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1313

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